Fertilizantes marinhos avançam e podem resultar em nova revolução agrícola

  • BRASIL -
  • 03/04/2024
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A vanguarda brasileira na adoção de práticas agrícolas sustentáveis vem ganhando cada vez mais destaque. Recente debate sobre o uso do Lithothamnium (WBL) marcou um ponto de inflexão na discussão sobre o uso de granulados bioclásticos marinhos na agricultura, uma alternativa promissora para enfrentar os desafios contemporâneos de sustentabilidade e eficiência.


Granulados bioclásticos, como definidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM), abrangem uma variedade de materiais orgânicos marinhos, incluindo fragmentos de algas, moluscos e foraminíferos, que são importante alternativa aos fertilizantes tradicionais. Reinaldo Pinto dos Santos, CEO da GBmex Mineração, enfatiza o potencial sem precedentes do Brasil nesta área, dado seu extenso e rico depósito carbonático de algas calcárias ao longo da costa. “Temos muito trabalho pela frente, mas essa nova revolução ja começou”, destaca o empresário.


Este recurso, ainda subutilizado, surge como uma solução oportuna diante da crise global no fornecimento de fertilizantes. Recente workshop realizado em meados de 2022 destacou a aplicabilidade agrícola do lithothamnium e explorou desafios regulatórios, ambientais e de produção. A participação de especialistas de instituições como a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Embrapa e outras entidades acadêmicas e governamentais enfatizou a importância de um diálogo aberto e colaborativo para a promoção desse recurso.


Segundo Silvio Tavares, da Embrapa Solos, o Brasil possui a maior reserva desses materiais bioclásticos no mundo, apresentando uma oportunidade única para liderar em práticas agrícolas sustentáveis. A exploração desses recursos não se limita ao setor agrícola; sua aplicação se estende a suplementos para ração animal, tratamento de água e até em campos como a farmacologia.


O contexto do lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes pelo governo federal realça a importância estratégica desses recursos. O plano, que visa expandir a produção doméstica de fertilizantes e reduzir a dependência externa, encontra nos bioclásticos marinhos um aliado para cumprir seus objetivos de sustentabilidade e competitividade no agronegócio mundial.


A conversa em torno dos bioclásticos marinhos, incentivada pelo 1° WBL, posiciona o Brasil como um exemplo de inovação em agricultura sustentável. Com foco na redução de custos e no aumento da eficiência produtiva, sem negligenciar a responsabilidade ambiental, o país se prepara para liderar uma nova era na agricultura global.


Esta nova onda de interesse pelos recursos bioclásticos marinhos, potencializada por figuras como Reinaldo Pinto dos Santos, sinaliza uma era de oportunidades para o Brasil. Através de um compromisso com a sustentabilidade e a inovação, o país não apenas enfrenta os desafios globais de suprimento mas também abre caminho para um futuro mais verde e produtivo na agricultura.



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